Período de 1850 a 1934
No dia 2 de setembro de 1850, um imigrante pioneiro, proveniente de terras germânicas Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau, juntamente com 17 companheiros, aportava em terras catarinenses, fundando a colônia de Blumenau.
Logo mais tarde novos imigrantes de várias partes da Alemanha se estabeleceram na região. Em 1872 teve início a imigração italiana no Brasil. Na Bacia do rio Itajaí-Açu houve um extraordinário impulso no ano de 1875, quando ali chagaram 1.129 colonos, na maioria provenientes do Tirol italiano.
A Itália, recém-saída das guerras de unificação, enfrentando dificuldades internas e externas, facilitava aos seus habitantes a busca de outras terras que lhe dessem agasalho, pão e trabalho. O referido grupo de colonos italianos foi-se localizado às margens de ribeirões, então chamados Cedros, Rodeio, Ascurra, etc.
Em 1876 entraram mais 1.078 imigrantes, juntando-se aos pioneiros de Rio dos Cedros, Rodeio e Ascurra. Eram da alta Itália, das comunas de Milão, Bérgamo, Mântua, Beluno e Verona. Foi então que em 1878, um grupo de famílias daqueles três núcleos, subindo pelo rio Itajaí-Açu, procurou penetrar nos sertões de Subida e Lontras, domínios vastos dos índios botocudos.
A permanente ameaça e perigo provocado pela presença dos índios, serpentes venenosas, tigres e pumas que arrebatavam a criação dos currais e que ameaçavam também os moradores em seus ranchos, mais a febre malária que se alastrava desde a localidade denominada Piave, fez com que este grupo de imigrantes abandonassem aquelas terras, voltando a povoar Ascurra e Aquidaban (antigo nome de Apiúna).
Sobrevieram depois algumas famílias alemãs e polonesas, provenientes da colônia do Dr. Hermann Blumenau. Muitos anos depois a população de Apiúna foi acrescida pelos portugueses oriundos das ilhas dos Açores e Madeira.
Por volta de 1867, foi implantado no lugar denominado de Morro Pelado o 1º Rancho, pelo engenheiro alemão Emil Odebrecht, que em 1871 viria a ser conhecido como Rancharia de Passo Odebrecht.
No mês de abril de 1876 o engenheiro Doutor João Maria de Almeida Portugal registrava o projeto da Vila de Aquidaban.
Aos 29 dias do mês de setembro de 1878, com a chegada de 150 imigrantes oriundos dos núcleos de colonização da região, foi fundado o povoado de Aquidabã, na localidade antes denominada de Bugherbach.
Várias foram as denominações dadas a atual Apiúna, entre elas:
Bugherbach: Ribeirão do Bugre, devido à aldeia dos índios Botocudos que ali habitavam.
Ribeirão Neisse: Devido ao ribeirão que corta a sede do município e que também é nome do rio que vem da República Tcheca e com o Rio Oder divide a Alemanha da Polônia, região de uma grande parcela dos imigrantes que aqui se instalaram.
Aquidaban: Também escrito como Aquidabã. A adoção deste nome tem várias versões: Nome em homenagem a Emil Odebrecht, voluntário desta terra na Guerra do Paraguai. Nome de um rio no Paraguai onde em suas margens, em 1º de março de 1870, sucumbiu o Imperador Francisco Solano Lopes, durante a sangrenta Batalha de Riachuelo, pondo fim à guerra. Nome de um encouraçado da Marinha Brasileira, o maior navio de guerra do Brasil na ocasião. Membros da Marinha Brasileira, contrários ao governo de Floriano Peixoto, responsável pelo massacre de Anhatomirim e em 6 de setembro de 1893 as forças republicanas puseram a pique o Aquidaban, navio que estava em poder dos revolucionários. Com a derrubada deste encouraçado deu-se o fim da Revolta da Armada, passando para os anais da história Brasileira e principalmente para a história Catarinense e marcando para sempre a memória dos mais de 300 catarinenses mortos no Forte de Anhatomirim.
Apiúna: A partir de 1º de janeiro de 1944, depois de uma revisão territorial, Aquidaban passou a se chamar Apiúna. Na língua tupi-guarani, Apiúna significa ‘cabeço negro’, uma referência a montanha arredondada e escura que existe na cidade, o Morro Dom Bosco que tem 390 metros de altura.